Algumas Considerações

domingo, 4 de maio de 2008

Heart of Killer

Heart of a Killer

Músicas:

01.Wages Of Sin
02.Blink of an Eye
03.Heart of a Killer
04.Horror Glances
05.The Silhouette
06.Reflections Within
07.Haunted House
08.Nightshade
09.Winters Bane
10.Cleansing Mother

Resenha:

Esta resenha foi escrita por Eddie Rodrigues
"Winters o quê? É aquela banda onde o Blaze cantava?"
Não, aquela era o Wolfsbane, mas esta também revelou um vocalista que fez (e ainda faz) fama.
Este foi o álbum de estréia da banda americana Winters Bane, banda que mostrou ao mundo pela primeira vez Tim "Ripper" Owens, antes deste ser chamado para ocupar o lugar de Halford no Judas Priest. Sendo um álbum conceitual, este álbum conta a história do juiz Cohagen, que sentenciou um homem a morte e logo depois recebeu o coração do mesmo em um transplante. Porém, como se tivesse sido dominado pelo coração do assassino, ele mata a própia esposa e também é condenado a morte. Musicalmente o álbum é heavy puro, com interpretações emocionais de Tim Owens e guitarras velozes durante quase todo o álbum.
Wages of Sin abre o álbum. Ela tem um começo lento, daqueles que você simplesmente não sabe o que vem depois, mas em seguida a música ganha velocidade, após a entrada de riffs rápidos que caíram como uma luva para emendar as partes da música. Um refrão bem interessante e um Tim Owens contido em cantá-lo marcam a música.
Blink of An Eye é outra que possui riffs pesados, só que nessa música Tim Owens mostra mais seu potencial, e esta música é mais quebrada e intrincada do que sua antecessora, mas que mantém um refrão direto, sendo este a melhor parte da música. A próxima, Heart of a Killer soa como uma das melhores de todo o álbum e possui um riff introdutório marcante. Essa música mostra como o Winters Bane conseguia ser moderno em pleno início dos anos 90 logo em sua estréia. Se esse álbum fosse regravado hoje dificilmente alguém que não o conhecesse diria que ele foi composto no início da década de 90.
Horror Glances vem em seguida, com uma palhetada rápida e tem um bom trabalho na bateria, como o álbum num geral. Outra música intrincada, mas sem soar como masturbação musical, o que é importante, e com trechos onde a velocidade reaparece. O refrão é outro destaque. Mas nada que chegue perto da melhor música do álbum: The Silhouette. O riff inicial cavalgado e certeiro abre a faixa (lembra a banda que Tim anos depois integraria por um tempo, Iced Earth). Provavelmente a mais rápida e pesada de todo o álbum. Essa é bem mais direta que a maioria das músicas anteiores e tem um refrão simplesmente sensacional. Uma perfórmance comedida de Owens é algo que ajudou a música á não se tornar algo maçante.
Reflection Within começa sensacional. Intruduzida por um belíssimo piano, mostra o Juiz Cohagen sendo condenado pelo assassinato de sua esposa. A música é outra com palhetadas rápidas com trechos cavalgados. Nessa música o teclado tem uma participação importante. Haunted House é outra música interessante, mas aí o álbum já começa á se repetir um pouco. Tudo bem, repetir o que é bom não chega á ser um problema, mas você sente um pouco de falta de músicas que quebram um pouco o padrão, como The Silhouette ou Reflections Within.
Nightshade começa com um belo dedilhado, e o teclado, embora simples, está bem arranjado. Isso até entrar o riff, com uma música com Tim Owens dando muitos agudos em uma música com uma levada mais arrastada. Um bom refrão, mas Tim Owens exagerou um pouco nessa música. Entretanto, sendo a próxima um instrumental, isso não acontece. Winters Bane é um instrumental realmente MUITO bom, não deve em nada para instrumentais de muitas bandas por aí. Na sequência, vêm a faixa de encerramento, Cleasing Mother, com um riff introdutório que me lembrou Black Sabbath, bem stoner, emendando com uma parte rápida. Essa música não tem muito destaque, não dá pra dizer que fecha o track-list tão bem assim.

Saldo final
Embora não seja aquele álbum onde você ouve tudo e diz que o álbum é fantástico, possui algumas música smuito marcantes, principalmente a tão elogiada nesta resenha, The Silhouette. Não acompanho a banda, e não conheço nada do que a banda lançou depois deste álbum (até o momento em que escrevo essa resenha, só ouvi comentarem que Tim Owens voltaria para a banda, ou no mínimo gravaria com eles a segunda parte deste álbum. Só não sei que história ele terá). Um bom álbum de metal, muito melhor de se ouvir do que muita porcaria consagrada por pseudo-críticos.

Nota: 8,0

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