Algumas Considerações

sábado, 26 de julho de 2008

Songs of Middle Earth - Inspired By the Lord of the Rings

Songs of Middle Earth - Inspired By the Lord of the Rings

Músicas:

1. The Shire (9:39)
2. The Old Forest (6:30)
3. Rivendell (2:40)
4. The Great River (5:11)
5. Lothlorien (4:57)
6. The Misty Mountains (6:25)
7. Helms Deep (5:34)
8. Rohan (5:03)
9. Minas Truth (11:13)
10. The Grey Havens (4:06)

Total Time: 61:18


Resenha:
Bem, antes de começar a ler esta resenha, quero deixar clara algumas coisas sobre este disco.
Primeiro, que este disco não faz parte da discografia oficial de Rick Wakeman, este é apenas uma coletânea com músicas de discos como Seven Wonders of the World e Heritage Suite.
Segundo, que apesar de parecer ter várias músicas novas, não se engane, a única coisa que foi feita neste disco é pegar músicas já existentes e renomeá-las.
Bem, independente dessa duvidosa edição, este disco foi uma das minhas melhores e mais agradáveis audições ultimamente, uma surpresa pra mim, pois nunca pensei que iria me envolver tanto com um disco tão picareta como este.
Em seu decorrer encontramos belíssimas peças instrumentais, mostrando uma musicalidade fantástica, com muito virtuosismo e pureza técnica, envolvendo muito do New Age pela climatização e sutileza das mesmas.
Todas as músicas encorporam poucos elementos, assim conseguimos perceber cada um deles com mais clareza.
The Shire é que dá abertura ao disco, minha preferida, com um tema principal muito bonito e muito bem desenvolvido, Rick Wakeman mostra um sensibilidade musical muito apurada e consegue desenvolver uma excelente e variada melodia instrumental.
Depois disto temos, The Old Forest, com uma base de tons mais graves ao fundo, a música se desenvolve sem um tema bem definido como foi feito em The Shire.
O teclado de Rick Wakeman sempre construindo uma melodia bastante agradável e dinâmica.
Para quebrar um pouco esse clima New Age, totalmente presente no disco, ele conta com algumas belíssimas passagens de piano em seu decorrer, a musica que segue a anterior é a primeira delas, Rivendell.
Depois dela temos The Misty Mountains, uma música densa onde se ganham contornos bem sombrios, com a utilização de tons bem graves na base principal.
Ouvimos também ela se encorpando em tons mais belos, devido a performace de Wakeman, construindo sua melodia no tom de teclado que é bem caracteristico do disco, sempre muito dinânico, comunicando-se perfeitamente com a base instrumental de outros tons dos outros sintetizadores presente na música.
Helms Deep, é pra mim uma das melhores surpresas do disco, possuindo uma das mais interessantes performaces técnicas de Wakeman em todo o disco.
Depois da interessantíssima música anterior, temos novamente uma belissima passagem de piano, Rohan.
Terminada, o disco segue com Minas Truth - o certo seria Minas Tirith, mas a picaretagem do disco é tanta que nem pra renomear certo as músicas eles serviram.
Independente da gafe cometida no nome da música, é uma musica boa, com sons de flauta feito pelo sintetizador - sim, alguns sintetizadores são capazes de reproduzir sons de flauta, ou qualquer instrumento, devido a possibilidade de microfonação deles.
Algo que me chamou a atenção nesta música (além do nome errado) é que em um certo momento da música há uma especie de Blues, enfim, acho que estou ficando louco, vou terminar logo esta resenha antes que eu surte.
E para terminar, nada melhor que mais uma passagem de piano, The Grey Havens bem sutil e bonita.
O disco é muito bom, o seu defeito é ser um disco picareta, e infelizmente algumas músicas parecem ter uma proposta musical muito semelhante, o que deixa o disco com aquele ar de "redundância"...


Mas mesmo assim eu recomendo...

sábado, 19 de julho de 2008

Yojimbo - O Guarda Costas e Sanjuro


Yojimbo - O Guarda Costas e Sanjuro

O japão esta numa época decadente para os samurais, os clans, representados pelos senhores feudais estavam se extinguindo, e o rumo das decisões políticas estava caminhando para um poder centralizado.
Com o desparecimento dos clans, alguns samurais ficam sem mestre, sem a quem servir, e vivem sem rumo, apenas com suas espadas e seu código de honra.
É neste meio que encontramos um habilidoso samurai chamado Sanjûrô Tsubaki, um guerreiro solitário, com forte senso de justiça-social, e ao mesmo tempo desleixado e individualista.
Ele é o personagem principal de 2 filmes fantásticos do mestre Akira Kurosawa, Yojimbo - O Guarda Costas de 1961 e o fantástico Sanjuro de 1962.


Yojimbo - O Guarda Costas

Resenha:
Sanjuro, o samurai solitário, (brilhantemente interpretado por Toshirô Mifune) chega a uma cidade praticamente deserta à procura de um trabalho, só que esta se encontrava dividida entre dois mercadores rivais.
Seu senso heróico falou mais alto e em busca de livrar da cidade o terror que assola pela disputa política entre estas 2 gangues, o nosso heroi mostra suas habilidades com a espada, impressionando a todos, e oferece seus serviços para ambos lideres do grupo, semeando uma discórdia maior entre eles, e colocando-os em um confronto definitivo.
Para quem gosta de uma boa historia, devo dizer que Yojimbo é um dos mais marcantes herois que eu ja vi, ele foi muito popular por bastante tempo no japão, e influênciou cineastas de todo mundo, como por exemplo Quentin Tarantino em Kill Bill.


Sanjuro

Resenha:
A continuação de Yojimbo, na minha opnião ainda melhor que a primeira.
Depois de salvar a cidade de crueis mercadores, Sanjuro unê-se a um grupo de jovens idealistas que se determinaram a acabar com a corrupção que assolava sua cidade.
Vemos uma faceta estratégica de Sanjuro muito bem elaborada e percebemos ai, com mais evidência, que além de ser um exímio espadachin , ele tambem é bem inteligente.
É interessante tambem a visão do grupo de samurais idealistas sobre Sanjuro. Para a maioria deles ele não se encaixa nenhum pouco no conceito de guerreiro ideal, e está muito aquém de ser considerado um exemplo perfeito de samurai, pois o mesmo adota, no filme inteiro, uma postura desleixada e é sempre muito dorminhoco.
Esse certo ar de arrogância me atraiu bastante neste personagem, Toshiro Mifune mais uma vez acerta no talo.
Além disto, devo dizer que as cenas estão fantásticas, muito bem sincronizadas, bem "fotográficas", algo muito bem feito, com destaque para a última cena de duelo do filme, algo simplismente FANTÁSTICO. Não me atrevo a dar notas.

sábado, 12 de julho de 2008

Os Sete Samurais

Os Sete Samurais

Dados :
Nome Original: Shichinin no Samurai
Direção: Akira Kurosawa
Idioma: Japonês

Ano: 1954

Pais: Japão

Duração: 206 minutos

Cor: Preto e Branco

Resenha:

Lançado em 1954, "Os Sete Samurais" é o filme mais aclamado pelo diretor Akira Kurosawa, ganhador do prêmio Leão de Prata no Festival de Veneza e que foi influenciador de muitos outros conhecidos diretores, como por exemplo Quentin Tarantino.
A influência deste filme na cultura Pop não se limita apenas ao cinema, vemos tambem muita influência deste clássico nas historias em quadrinhos japoneses (o mangá) e em animes como Samurai 7, de Toshifumi Takizawa.
O filme não tem menos que 3 horas de duração, e confesso que quando assisti, foram as 3 horas mais curtas que ja vi.
O interessante é que ele é dividido em 2 atos, e no intervalo de um ato para o outro há uma pausa dentro do proprio filme de 10 minutos, onde é mostrada uma inscrição enquanto corre uma trilha sonora ao fundo, algo no mínimo curioso, nunca tinha visto isto em um cinema.
A historia do filme se passa no Japão, século XVI, em um humilde vilarejo de lavradores que é constantemente atacado por saqueadores.
Cansados de serem atacados, eles resolvem contratar samurais para defendê-los.
Ha época era propícia em achar tal serviço, os senhores feudais não mantinham mais samurais, e muitos deles foram rebaixados a condição de Ronins, samurais eram vistos como guarda costas, os lavradores procuravam extamente esses Ronins, samurais que não tinham a quem servir, que viviam na marginalidade, na pobreza (em certos casos não tinham o que comer), e não tinham um prestígio social maior que um simples camponês.
O primeiro samurai a aceitar tal serviço é Shimada (Takashi Shimura), um verdadeiro líder, totalmente desprendido e generoso, alem de ser um guerreiro experiente e estrategista astuto.
Ele recruta outros samurais para ajudar nesta empreitada, cada recrutado tinha sua característica única, falerei de alguns mais marcantes:
Temos Kyuzo (Seiji Miyaguchi) um samurai de primeira linhagem, totalmente litúrgico, austero, intropesctivo que trata o bushido (caminho do samurai) com um verdadeiro sacerdócio. Temos tambem o jovem Katsushiro (Isao Kimura), um rapaz totalmente inexperiente e fascinado que tem veneração pelos samurais e ansceia tornar-se alguem como eles. Mas o destaque mesmo vai para Kikuchiyo (interpretado pelo brilhante Toshiro Mifune), um bufão que é sempre ridicularizado no filme, e que tenta se unir ao grupo a qualquer custo.
Kikuchiyo é um personagem inesquecível, uma figura cômica, o papel perfeito do anti-heroi, totalmente fanfarrão; porém ele se demonstra, ao decorrer do filme, um verdadeiro guerreiro, bastante destemido e enérgico
Concluindo, "Os Sete Samurais" é um filme incrível, diversão garantida.

Nota 10.

Along Came A Spider


Along Came A Spider

Músicas:

01. Prologue/I Know Where You Live - 4:22
02. Vengance is Mine - 4:26
03. Wake the Dead - 3:54
04. Catch Me if You Can - 3:16
05. (In Touch With) Your Feminine Side - 3:16
06. Wrapped in Silk - 4:17
07. Killed By Love - 3:35
08. I'm Hungry - 3:58
09. The One That Got Away - 3:22
10. Salvation - 4:36
11. I'm the Spider/Epilogue - 5:21

Resenha:
Alice Cooper, o que posso dizer desse cara ? Uma das figuras mais antigas do Rock'n Roll ainda na ativa. Desde a metade da década de 60 com o Spiders, o Napzz e finalmente em sua carreira solo em 1969, no lançamento do esquizofrênico disco Pretties of You até hoje, ele é pra mim, é uma das mais importantes e mais esquecidas figuras do Rock.
Along Came A Spider, lançado agora em julho de 2008, co-produzido por Greg Hamtpon e Danny Saber em Los Angeles, apesar de não ser lá uma "obra-prima", prova que esse senhor tem muito gás ainda, e está em melhor forma que muitas bandas por ai que começaram agora.
O disco é conceitual, e conta a historia de um assassino em série, auto-denominado Spider, e cada uma das músicas do disco seria uma carta dele a polícia.
Já na primeira música, Prologue/I Know Where You Live, ouvimos uma narração de uma reporter relatando ter encontrado um diário, em que o assassino em questão descrevia com detalhes seus assassinatos, e apartir daí, vemos Alice, com aquele seu bom e velho instinto assassino de sempre, construir uma interessante historia, desenvolvendo sempre suas historias sobre o ponto de vista do vilão.
Com um som típicamente mais moderno, Alice Cooper, sem deixar a sua velha capacidade de construir boas melodias como Catch Me if You Can, The One That Got Away e Wake the Dead, a TIA consegue mais uma vez listar mais um bom disco em sua quase interminável lista de bons discos.
Este novo play da TIA ainda conta com a participação de Ozzy Osbourne, mas não cantando desta vez (como foi feito em Hey Stoopid), mas sim tocando Harmônica, coisa que ele ja fazia muito bem desde os tempos áureos do Black Sabbath na música The Wizard.
E por falar em Ozzy Osbourne, muita coisa deste disco remete a sonoridade da carreira de Ozzy, quanto ao tipo de sonoridade, a sonoplastia dos timbres de guitarra, os efeitos de estúdio, o andamento melódico. Percebi isso em várias músicas ao decorrer do disco, Vengance is Mine, Wake the Dead (música em que Ozzy toca harmônica, e a melhor música do disco na minha opnião) e The One That Got Away, esta última muito similar a música I Don't Wanna Stop do disco Black Rain.
Outra grande participação no disco é a do guitarrista Slash, ex-Guns and Roses, atual Velvet Revolver, na já citada, Vengance is Mine, onde ele usa e abusa dos pedais Wah-Wah.
Algumas músicas, quando não remetem aos trabalhos de Ozzy, remetem aos trabalhos já feitos pelo proprio Alice. A balada Salvation por exemplo, é bem similar a música My God, do disco Lace and Whiskey, tanto no que se refere a temática, quanto na propria música, pelo uso de pianos e as orquestrações. Além dessa, temos outra balada no disco, Killed By Love, bem mais simples, remetendo mais ao disco The Last Temptation.
I'm Hungry, tem uma entrada de guitarra que lembra bastante a música It's My Body do disco Love it to Death.
Outras músicas que não posso deixar de citar é (In Touch With) Your Femine Side, com sua intro de guitarra lembrando muito a famosa Peter Gunn Theme, num estilo bem Z.Z. Top, e Wrapped in Sik, que a exemplo de I'm Hungry, tambem remete aos tempos do Love it to Death.
O encerramento do disco fica por conta de I'm the Spider/Epilogue, música de andamento arrastado, com um refrão grudento e que remete bastante na música The Devil's Food do clássico Welcome to My Nightmare.
Enfim, trata-se de um bom disco de Hard'n Heavy, não é uma obra prima, e nem considero melhor que os discos anteriores, mas é um bom disco, só esperava um pouco mais, quem sabe na proxima Alice ?

Nota 7


Baixe a música Wake Up the Dead pelo link abaixo:

http://rapidshare.com/files/129155584/03-wake_the_dead-qtxmp3.mp3.html

Qualquer problema com o link, deixe seu comentário aqui que eu resolvo o problema.

Caso você interesse pelo disco inteiro, deixe aqui seu comentário com seu e-mail e te mandarei o disco através de um link para o Rapidshare.


Notas do Blog:

Não é a intenção deste blog prejudicar o artista de nenhuma forma, este blog apenas visa a divulgação de seu trabalho. Portanto, se você baixar o disco e se interessar, comprometa-se a comprá-lo.

Não apenas para valorizar o trabalho do artista, mas pelo bem de sua própria audição. A qualidade do som no MP3 é bem inferior a de um disco de verdade.

Não sou cabeça dura, nem hipócrita... não vou dizer que o MP3 é um retrocesso total... porque atravez dele se conhece muita coisa...

MP3 é bom !
Retrocesso pra mim é ficar só no MP3... a experiência de ouvir uma musica onde todos os elementos estão todos bem nitidamente definidos é outra coisa.


Veja o Teaser deste disco:


sábado, 5 de julho de 2008

Piece of Mind

Piece of Mind

Músicas:
01.Where Eagles Dare - 6:10
02.Revelations - 6:48
03.Flight of Icarus - 3:50
04.Die With Your Boots on - 05:25
05.The Trooper - 4:11
06.Still Life - 4:41
07.Quest for Fire - 3:46
08.Sun and Steel - 3:26
09.To Tame a Land - 7:25

Resenha:

Disco da banda inglesa Iron Maiden, lançado em 1983, se configura entre um dos pontos mais altos da NWOBHM (New Wave of Britsh Heavy Metal) e um dos meus discos de cabeceira favoritos também, daqueles que eu levaria para uma praia deserta.
Este álbum marca a entrada de ninguém menos que o figuraça e baterista Nicko McBrain, substituindo Clive Burr, que ja mostra em Where Eagles Dare sua competência e capacidade técnica.
Este album marca tambem um crescimento técnico da banda em relação aos discos anteriores, e em algumas de suas características mais marcantes, na minha opnião sintetiza de forma bem explícita o tipo de composição e sonoridade que o Iron Maiden estava buscando e construindo naquele momento, a música To Tame a Land por exemplo é pra mim um divisor de águas na forma de composição de Steve Harris e até hoje a ele se foca em construir melodias neste estilo.
Não há como negar a importância deste disco para o desenvolvimento do Heavy Metal em geral, e mesmo sendo um disco agressivo, as formas mais melódicas de composição se encontram ali também, como por exemplo Flight of Icarus, música que pra mim pode ser consideradas uma das primeiras composições de Heavy Metal Melódico da historia, ou pelomenos muitos dos traços caracteristicos do estilo presentes na mesma, podendo ser classificada como um pré-Melódico (assim como muitas músicas do Accept e do proprio Black Sabbath tambem são).
Além da própria sonoridade típica que estava se desenvolvendo muito neste disco, as proprias letras estava tomando uma característica própria do Maiden, ou seja, se você quizer conhecer o Iron Maiden, este disco é o que tem mais a cara da banda sem dúvida, já na música de abertura, Where Eagles Dare, encontramos uma letra baseada num fato histórico, coisa que se tornaria mais pra frente a marca registrada da banda.
A letra desta, fala sobre uma missão de comonados aliados na segunda guerra, que tinham como objetivo destruir uma fortaleza nazista localizada no alto de uma montanha. Tais fortalezas eram conhecidas como "Eagles Nests", ou ninhos de águias em bom português, em virtude de um dos símbolos nazista ser a águia. Por isso o nome da música é Where Eagles Dare, "Onde as Águias ousam ir".
Musicalmente a faixa de abertura é fantástica (uma das melhores faixas de abertura da banda ao lado de Moonchild e Sign of the Cross), a entrada de bateria é excelente, e a forma que ela segue a melodia, de forma intensa e muito bem articulada, é singular, alias, tudo nesta música foi muito bem executado, indo das linhas vocais de Bruce, aos riffs de guitarra e as linhas de baixo que foram muito bem construidos, um verdadeiro clássico.
A faixa seguinte, Revelations, é uma das minhas favoritas em toda a carreira da banda.
A música inicia com uma abertura bem pesada e é seguida por interessantes riffs pausados que acompanham uma construção melódica fantástica, onde é cantada uma oração inglesa de G.K. Chersterton.
Depois desta abertura a música entra num dos momentos mais incríveis e inspirados do disco, a melodia de guitarra segue um dedilhado bem melódico e doce, assim como a melodia feita pelo baixo de Steve Harris. O maior mérito porém vai mesmo para o Bruce Dickinson, que além de ser o compositor desta música fantástica, foi o responsavel por dar a ela uma das suas melhores performace vocais representativas que já ouvi.
A terceira música, Flight of Icarus é uma das mais conhecidas do disco, uma canção baseada na mitologia do voô de Icaro, e assim como na anterior, o grande destaque é Bruce Dickinson, que se mostra igualmente impecável, cantando de forma sublime um dos refrões mais bem construidos da banda.
A quarta música, Die With Your Boots On, se configura entre uma das mais aceleradas do disco. Possui também uma das instrumentais mais legais do play, principalmente no que se refere as guitarras, qualidade indo na boa timbragem dos instrumentos, aos proprios duetos nos solos desta música.
Esta música é também um pouco diferente do tipo de composição usualmente adotada da banda, é mais festiva, tem uma melodia mais descontraída, uma letra típicamente sarcástica e um andamento que vai bem de encontro a um Hard Rock, sem deixar de ter as características típicas do Heavy Metal, esses mesmos elementos se repetiriam mais tarde no injustiçado disco No Prayer for the Dying, principalmente em Holy Smoke.
The Trooper é a faixa que segue esta, não nem muito o que comentar dela, é uma das faixas mais conhecidas de toda carreira do Iron Maiden.
Com uma letra baseada na Guerra da Crimeia, esta é uma das musicas mais simples do disco, não que seja um ponto negativo, os riffs são muito bons e as linhas de baixo são fantásticas, assim como a performace de Bruce Dickinson.
O clima sombrio toma conta da banda, e na sexta faixa, Still Life, vemos uma construção diferente de quase tudo que acostumamos ver em uma banda como o Iron Maiden.
Devo dizer que esta ja foi por muito tempo a minha faixa favorita do disco, o impacto dela vem logo na introdução de guitarra, que é uma das mais bonitas que ja ouvi, assim como as linhas de baixo que o acompanha. Isso sem falar na melodia que é fenomenal, alem do desenvolvimento da mesma, o que faz dela música totalmente refinada e de muito bom gosto.
A sétima faixa, Quest for Fire, é a mais curiosa pra mim, muita gente diz não gostar dela, e eu ainda não entendi o porquê. Qual é ? A música é legal pra caralho, os riffs são bons, as linhas de baixo excelente, a melodia envolvente, o refrão bem fixador, e a performace de Bruce Dickinson (mais uma vez) explêndida.
Gosto mais dela do que de The Trooper e Flight of Icarus ! Pronto, falei !!
A música seguinte, Sun and Steel, pra mim é a mais fraquinha do disco, mas mesmo assim é boa, devo dizer que esta é a musica mais acelerada que você ira encontrar, e que tambem tem uma pegada bem Hardcore. Os riffs cavalgantes lembram bastante The Trooper e o refrão é bem melódico, enfim, uma música bem ao estilo Prowler.
Rufem os tambores, agora vem To Tame a Land, a música de encerramento e a grande e melhor surpresa do disco na minha opnião.
Sua forma de composição foi claramente uma influência ao estilo de composição do grupo, ficando evidente seus elementos em outras canções posteriores, tal como Seventh Son of a Seventh Son, bem explorada no disco X-Factor, chegando até nas mais atuais como For the Greater Good of God. Pra mim, a melhor música do disco, e uma das melhores e mais inspiradas músicas de todo Heavy Metal.
Suas qualidadesa começam pela letra, baseada na interessantíssima novela de ficção científica, Dune, de Frank Herbert, e chegam na música propriamente dita, na qual encontramos logo de cara uma entrada de guitarra fantástica, onde toca-se um dos temas mais bonitos e sombrios compostos pela banda.
O acompanhamento do baixo e da bateria se tornam bem intenso ao decorrer de toda música formando com isso, uma das cozinhas mais caprichadas e pesadas feita pela banda.
A melodia cantada toma um tom mais acelerado, onde há momentos mais declamados fantásticos, acompanhadas de variações melódicas muito bem construidas, se focando bastante na climatização torando-a assim um verdadeiro clássico, obrigatório para quem gosta de boa música, independente da pessoa gostar ou não de Heavy Metal.
Nota 10.

Baixe a música Where Eagles Dare pelo link abaixo:

http://rapidshare.com/files/127319917/01_-_Where_Eagles_Dare.mp3.html

Qualquer problema com o link, deixe seu comentário aqui que eu resolvo o problema.

Caso você interesse pelo disco inteiro, deixe aqui seu comentário com seu e-mail e te mandarei o disco através de um link para o Rapidshare.


Notas do Blog:

Não é a intenção deste blog prejudicar o artista de nenhuma forma, este blog apenas visa a divulgação de seu trabalho. Portanto, se você baixar o disco e se interessar, comprometa-se a comprá-lo.

Não apenas para valorizar o trabalho do artista, mas pelo bem de sua própria audição. A qualidade do som no MP3 é bem inferior a de um disco de verdade.

Não sou cabeça dura, nem hipócrita... não vou dizer que o MP3 é um retrocesso total... porque atravez dele se conhece muita coisa...

MP3 é bom !
Retrocesso pra mim é ficar só no MP3... a experiência de ouvir uma musica onde todos os elementos estão todos bem nitidamente definidos é outra coisa.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O Labirinto de Fauno


O Labirinto de Fauno

Resenha:
Rodado em 2006, escrito por Guillermo del Toro, o Labirinto de Fauno é uma magnifica fábula sombria, cheia de referências a Alice no Pais das Maravilhas, porem dando um toque totalmente realista.
A historia do filme se passa na Espanha, em 1944, logo após uma Guerra Civil, onde as forças oficiais conseguem uma boa vantagem eliminando quase qualquer foco de insurreição que venha surgir. Neste meio, conhecemos uma meiga garotinha chamada Ofelia (Ivana Baquero), fascinada por livros de fábulas.
O filme começa citando uma fábula de uma princesa que escapa de um reino subterrâneo, para conhecer a realidade humana, e nunca mais consegue voltar, seu pai, desperado, manda um Fauno (criatura meio homem, meio bode) para indicar-lhe o caminho de volta ao seu reino encantado, e para isso ela teria que passar por algumas provações.
Na mitologia do filme, Ofélia é esta princesa, mas vendo o filme não posso dizer que tudo acontece é realmente factual ou apenas Ofelia que usa sua imaginação como uma forma de escapismo da dura e cruel realidade. Algumas cenas do filme apontam que todo o ocorrido é apenas fruto da fértil imaginação de Ofélia, como por exemplo ela estar conversando com o Fauno, enquanto uma pessoa observa ela falando sozinha.
Isso põe o filme na perspectiva da garota e mostra que esse mundo mítico de Ofélia, é uma especie de escapismo ao sujo e cruel mundo dos homens
A trama começa se desenrolar quando Ofélia é obrigada a viajar com sua mãe Carmen (Ariadne Gil), a uma espécie de quartel-general, encontrar seu padastro, Vidal (Sergi Lopez), um sádico homem, capitão das forças armadas fascistas do general Franco, que governou a Espanha em favor dos ricos e poderosos com o apoio da Igreja Católica; sua função é caçar alguns últimos rebeldes que possam ser considerados ameaça política.
Carmen está em gravidez de risco e mesmo assim deve viajar para atender aos caprichos de Vidal, que deseja que seu filho venha a nascer em sua presença, simplismente ignorando o caso, e focado em seus objetivos, Carmen piora e ao chegar na brigada, deve repousar boa parte do tempo, isso deixa a menina mais aos cuidados de Mercedez (Maribel Verdú), uma cozinheira que também é informante de um grupo secreto de rebeldes esquerdistas insurgentes, proximos ao quartel-general de Vidal. Entre ela e Ofélia brota uma intensa amizade, que será crucial no destino de ambas e no desenvolvimento de toda a trama.
OFelia aos redores do local, acha uma espécie de Labirinto, onde ela encontra o Fauno que revela a ela toda a mitologia de sua origem, contada logo no começo desta resenha e propõe a ela alguns desafios a ser superados.
Totalmente disposta a retomar suas origens, e se ver livre do cruel mundo dos homens, Ofélia os aceita, recebendo assim um livro de páginas em branco, que irá orientar sobre o que ela deve fazer e o que não deve.
O filme ganha com uma galeria de personagens interessantes e bem construídos, e não apenas as criaturas fantásticas do filme são interessantes, a construção do capitão é surpreendentemente fixadora isso faz com que O Labirinto de Fauno seja uma obra de fortíssima imaginação e bom gosto, um filme quase totalmente impecavel, tanto em termos estílisticos quanto de ideias.
Geralmente os que criticaram o filme, reclamam muito que a violência foi banalizada.
Sinto informar que eles não conseguiram entender o sentido artistico e a proposta dela no filme.
Há violência sim, muita violência, mas não é banal, a violência no filme dá um brutal destaque ao cruel mundo dos humanos encarnado na figura de Vidal, e mostra como há uma grande ambiguidade entre este mundo e o mundo de fantasias de Ofelia, que apesar de ter criaturas aterradoras, soa muito mais acolhedor, e isso se mostra bem evidente na forma como ela encara as duas realidades, o medo e o pavor é visivelmente mais intenso quando ela esta perto de Vidal do que com qualquer criatura de aparência diabólica mostrada no filme.
E bem, cai entre nós, deve ser muito chato assistir um filme desses ao lado de uma pessoa que critica um filme apenas por mostrar violência.
Classificar um filme como ruim apenas violência, sem analizar conteúdo, proposta, e nem refletir se a violência foi ou não foi realmente banal, é coisa de pseudo-critico-moralista como Arnaldo Jabor.

Minha nota pare esse filme é 9.

Veja o Trailer derste filme:



Outros cartazes do filme: