Algumas Considerações

sábado, 3 de maio de 2008

Dark Passion Play

Dark Passion Play

Músicas:

01.The Poet and the Pendulum - 13:54
02.Bye Bye Beautiful - 4:14
03.Amaranth - 3:51
04.Cadence of Her Last Breath - 4:14
05.Master Passion Greed - 6:02
06.Eva - 4:24
07.Sahara - 5:47
08.Whoever Brings the Night - 4:17
09.For the Heart I Once Had - 3:55
10.The Islander - 5:05
11.Last of the Wilds - 5:40
12.Seven Days to the Wolves - 7:03
13.Meadows of Heaven - 7:10

Resenha:
Esta resenha foi escrita por Eddie Rodrigues
Dark Passion Play - NIGHTWISH
Em primeiro lugar, uma frase: CALEI A BOCA
Há muito tempo enjoei de Nightwish. Embora considere o Tuomas Holopainen um Senhor Compositor, um cara que realmente entende muito de música, o vocal de Tarja Fulana me dava nos nervos, á ponto de eu ter fortes dores de barriga ao ouvir mais da metade da carreira desta banda. Mas aí, para minha alegria, fiquei sabendo da saída da dita cuja da banda (leia-se pé na bunda coletivo). Mas quem entraria no lugar?
Depois de Simones, Vibekes e Angélicas, eis que é escolhida Anette Olzon, uma desconhecida com uma voz que não lembrava em nada a cantora anterior. Enquanto os fãs antigos da banda se retorcem de raiva (até hoje), eu digo: MARAVILHA!
O single "Eva" é lançado na Internet, e começam as reclamações. Trechos de músicas são liberados, e continuam as reclamações. O álbum vaza em sua versão promo, continuam as reclamações. O álbum vaza na internet, e continuam as... ah, cala a boca!
O importante é: na minha opinião, a banda melhorou MUITO. Vamos ás músicas.
The Poet and the Pendulum abre o álbum. Começa lenta, torna-se bombástica, passa por muitos climas... uma verdadeira ópera. Um ínicio de álbum desses, com uma música de quase quatorze minutos me lembrou muito o que o Helloween fez há dois anos atrás com "Keeper of the Seven Keys: The Legacy", com a música "The King for a Thousand Years", e também me lembra o que o Iron Maiden fez no album "X-Factor" com a excelente "Sign of the Cross". Lembra mais ainda pelo fato de que tanto o álbum do Iron quando o do Nightwish apresentam ao mundo vocalistas novos.
O álbum segue com Bye Bye Beautyful. A música me lembra bastante "Wish I Had An Angel", do álbum anterior. O estilo da composição, a forma como o clipe foi gravado, a posição no track-list (segunda música, como a outra)... uma faixa interessante, com um refrão que dá vontade de cantar junto. Vale lembrar que a letra é uma direta na cara da ex-vocalista.
Á seguir, Amaranth faz as honras. Uma música até meio pop, eu diria (tudo bem, no Once a música mais pop do trabalho também era a terceira do track-list), mas como "pop" não é sinônimo de falta de qualidade, danem-se as regras. Uma música contagiante, certeira para atingir novos públicos.
Candence of Her Last Breathe mistura modernismo, refrão contagiante... tudo o que uma boa música precisa. Mas ela ficou até meio apagada perto da próxima. Master Passion Greed, de longe, é a música mais pesada que o Nightwish já fez. Um início beirando ao thrash metal, vocais agressivos de Marco e um refrão apoteótico. Acho que a música poderia ser um pouco mais curta, mas não deixa de ser boa. A letra, uma direta ao marido da ex-vocalista (fodam-se seus nomes, não gosto deles mesmo. E vocês que estão lendo devem saber bem quem são, se não sabem vão na porra do Google e não me encham o saco).
A próxima é justamente a primeira faixa á ser divulgada pela banda. Eva é uma balada bem simples, mas bem emocional. Anette mandou muito bem nessa faixa, dosou bem seu vocal. Sahara, a próxima, possui uma levada arrastada e pesada. Aliás, o peso é o que guia a música na maior parte do tempo. Já Whoever Brings the Night têm um começo que lembra muito o estilo de compor do Stratovarius (só eu notei isso? Pô, o riff, a bateria simples... Stratovarius total). Uma música interessante, mas acho que nessa parte o álbum cai um pouco em matéria de qualidade. For the Heart I Once Had recupera um pouco o ritmo. Embora com uma levada meio pop (novamente frisando que não é sinônimo de falta de qualidade), tem um refrão bem marcante.
Aposto que muito afro-descendente por aí (eu ia dizer "muito neguinho", mas os analfabetos funcionais de plantão ia fazer questão de não entender que isso é uma gíria apenas) vai me chamar de besta, mas pra mim, The Islander é uma das melhores músicas que o Nightwish já fez. Uma música com pesada influência de folk irlandês, com um violão muito bem encaixado, vocais bem feitos de Marco e Anette inserida corretamente no backing vocal. Uma balada fenomenal, que vai demorar á sair do meu mp3.
Pra continuar com as influências de folk, o instrumental Last of the Wilds vem com tudo, cheia de violinos e num clima até meio festeiro. Uma música contagiante do início ao fim, que dá lugar á Seven Days to the Wolves. Tuomas, você estava inspirado mesmo, vá se foder! A música toda é muito boa (tudo bem, tem um trecho meio chatinho onde Anette dá uns agudos meio chatos), mas o refrão é o que mata. Sensacional. Pra fechar, Meadows of Heaven. Nota-se nesta música também alguns toques de inovação, como nas inserções de corais (me lembram música gospel americana).
Daí você pergunta: "Por que calou sua boca?"
Simples: eu vivia falando mal da banda e agora cá estou eu pagando pau pra ela. Só não dou nota máxima por uma ou duas músicas e pela falta aguda de solos (a cada álbum os solos de guitarra somem cada vez mais).

Nota: 9,0

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