Algumas Considerações

sexta-feira, 30 de maio de 2008

From the Inside

From the Inside

Músicas:
01.From the Inside – 3:55
02.Wish I Were Born in Beverly Hills – 3:38
03.The Quiet Room – 3:52
04.Nurse Rozetta – 4:15
05.Millie and Billie – 4:15
06.Serious – 2:44
07.How You Gonna See Me Now – 3:57
08.For Veronica's Sake – 3:57
09.Jackknife Johnny – 3:45
10.Inmates (We're All Crazy) – 5:03

Resenha:
From the Inside
é um disco conceitual de Alice Cooper, lançado em 1978, inspirado por sua estada num sanatorio em Nova Iorque, devido ao seu problema com o alcoolismo.
No pico de sua dependência já rolou boatos ele consumia uma garrafa de whisky por dia.
Nesse mesmo período quem se internou neste mesmo sanatorio e com o mesmo problema, foi o compositor Bernie Taupin, letrista do Elton John.
Alice Cooper
e Bernie mantiveram um contato estreito e passaram a compor juntos algumas músicas do disco.
O nome do disco não poderia ter um titulo mais apropriado, From the Inside, talvez seja o mais auto-biografico da tia, as composições foram realmente tiradas “de dentro”, dentro dos sentimentos do artista em questão.
O interessante do disco é que cada um dos personagens nas canções foram baseadas em pessoas reais que Alice conheceu neste sanatório. From the Inside é um disco bastante dramático e acima de tudo bonito e emocionante. Um dos meus prediletos.
From the Inside

Esta é a marcante musica, que mostra bem o drama de Alice em relação ao seu vício.
Fica explicito quando ele se perde na completa noção do que esta acontecendo ao seu redor, quando tudo fica confuso e isso faz com que se perca noção total da realidade.
“Onde é a minha maquiagem e onde é o meu rosto”, este é o refrão cantado em com maravilhosos backing vocals, e a pergunta que ele faz a si mesmo, num momento de auto-reflexão.
Podemos dizer que o disco começa muito bem, esta musica aprensenta um maravilhoso trabalho com vozes, e boas melodias de guitarra.
Wish I Were Born in Beverly Hills

Esta musica me arrebata para o tipico Hard Rock de Alice Cooper no inicio da decada de 70, em musicas como Caught in a Dream e Be My Lover, tanto no que se refere a parte melodica quanto na temática.
The Quiet Room.

Estaa musica mostra um Alice solitario, e bastante reflexivo. Talvez um momento importante, dentro desse quarto silencioso, só se consiga ouvir a voz de seu proprio pensamento, de seu proprio tino. A musica tem uma melodia bastante doce e agradavel, onde se consegue viajar pelos pensamentos ermos do artista.
O quarto silêncioso, reflete um certo sentimento de proteção, quando nos isolamos vivemos o nosso mundo, construimos o nosso proprio muro e ali ficamos. Seria o lugar “onde eu não posso magoar-me... não consigo fazer os meus punhos parar de sangrar” e onde que meditações como esta pode desencadear em atitudes auto destrutivas, “O suicídio me agrada“.
Ponto alto do disco.
Nurse Rozetta

A música ja conta o cotidiano de Alice no sanatório.A letra fala sobre uma enfermeira que parece estar bastante presente no dia-a-dia, “vejo Rozetta dia a dia... ela vira minha cabeça me faz tossir”.
Conforme conta a letra, Rozetta parece ser a pessoa que cuidava de Alice a todo momento, e ele parece agradecer isto no trecho “Enfermeira Rozetta tornar-me melhor”. Trata-se de um Hard Rock, com uma melodia diferente, porém empolgante, principalmente pela interpretação de Alice.
Millie and Billie

Uma das músicas que eu mais gostei do disco, cantada em dueto com Marcy Levy, uma belíssima e talentosa moça que ja participou de backing vocals de alguns classicos de Eric Clapton.
A música é bem doce e suave, e trata de 2 personagens, Billie e Millie, que parecem estar mantendo um diálogo sobre suas situações e sobre divagações sobre o amor. Millie e Billie na verdade se mostram duas pessoas apaixonadas, e ao longo da música, essa belissima historia vai tomando forma.
Em meio a tantos problemas, percebemos uma tremenda sensibilidade poética em Alice Cooper, e uma visão muito bela do amor (entre 2 pacientes de um sanatório) destaco a mensagem dita no refrão, cantado pelas 2 personagens simultâneamente: “Deus fez o louco amor para não ser sentido sozinho”.
Serious

É uma típica musica Rock'n Roll, a mais pesada do disco. A letra resalva numa reflexão da forma desprentensiosa e irresponsavel que Alice Cooper vivia.
“Tudo na minha vida foi uma piada... e entre uma bebida e um fumo... andava para fora e, em seguida, estava no chão... cada vez mais e mais” .
How You Gonna See Me Now ?

A mais bela letra de todo o disco, esta balada mistura uma espécie de auto-reflexão de seu estado decadente e se baseia em uma carta que Alice escreveu de lá do sanatório para Sheryl, sua esposa, onde Alice se mostra na letra com medo da reação dela, com medo de como ela veria ele estando sóbrio.
“ Como você vai me ver agora? ... Por favor não me olhe feio, querida, porque eu sei que te decepcionei de muitas maneiras... Como você vai me ver agora visto que nós ficamos sozinhos ?...Você vai amar o homem ... quando o homem chegar em casa? “
For Veronica's Sake
È o tipico Hard Rock de Alice, bastante ritmado e com uma melodia bem diferenciada.
A musica tambem trata da estada de Alice no sanatorio, onde ele detalha coisas triviais como quando recebia sua identificação como paciente, e como era controlado, essa monotomia exaltada na letra o deixava emburrecido, “eu quero sair daqui”, “estamos ambos sido colocado em gaiolas”. Veronica tambem é outra personagem presente no manicomio.
Jackknife Johnny

É a quarta balada do disco, e assim como as outras, igualmente bela. e com ótimos efeitos de estúdio. Jackknife Johnny é uma referencia a um outro paciente do manicômio, conforme indica a letra, trata-se de um militar da segunda guerra aposentado e coxo que enchia o Alice com suas historias de feitos militares. A musica é um quadro, e cria imagens bastante pertubadoras do local que Alice estava internado.
Inmates (We're all Crazy)

Esta é musicalmente a mais interessante de todas as músicas, começa com com belos arranjos, e segue com uma melodia nada convencional, e desencadeia em um com coro sombrio em vozes cantando repetidamente “estamos todos loucos... somos todos loucos... estamos todos loucos... estamos todos loucos”. Mostra tambem uma certa crítica a visão que sociedade tem sobre os manicômicos, “não somos estúpidos ou mudos, estamos marginalizados”.

Baixe a música Millie and Billie pelo link abaixo:

http://rapidshare.com/files/119398270/Alice_Cooper_-_From_The_Inside_-_05_-_Millie_And_Billie.mp3.html

Qualquer problema com o link, deixe seu comentário aqui que eu resolvo o problema.

Caso você interesse pelo disco inteiro, deixe aqui seu comentário com seu e-mail e te mandarei o disco através de um link para o Rapidshare.


Notas do Blog:

Não é a intenção deste blog prejudicar o artista de nenhuma forma, este blog apenas visa a divulgação de seu trabalho. Portanto, se você baixar o disco e se interessar, comprometa-se a comprá-lo.

Não apenas para valorizar o trabalho do artista, mas pelo bem de sua própria audição. A qualidade do som no MP3 é bem inferior a de um disco de verdade.

Não sou cabeça dura, nem hipócrita... não vou dizer que o MP3 é um retrocesso total... porque atravez dele se conhece muita coisa...

MP3 é bom !
Retrocesso pra mim é ficar só no MP3... a experiência de ouvir uma musica onde todos os elementos estão todos bem nitidamente definidos é outra coisa.


Veja um vídeo de uma apresentação ao vivo da música From the Inside:



Veja o clipe da música How You Gonna See Me Now ?

Um comentário:

Lucas Sponton disse...

Alice Cooper é o cara mais foda do mundo! *.*