Algumas Considerações

sábado, 3 de janeiro de 2009

A Missa de Requiem - Wolfgang Amadeus Mozart


Análise da obra :

Esta é a última peça que Mozart escreveu antes de morrer.
Uma das suas peças mais conceituadas e interessante, pois é totalmente envolvida em mistérios.

A missa de Requiem foi encomendada pelo Conde Walsegg–Stuppach, através de seu advogado vienense, Dr. Johann Sortschan, e queria ela para os ritos fúnebres no enterro de sua esposa.
Este conde tinha o estranho costume de encomendar obras a vários compositores, copiando–as depois para as apresentar ele próprio no seu meio.
Quando sua esposa morreu, além da missa, ele encomendará um monumento.

Mozart nessa época estava totalmente submerso em escuridão e melancolia, talvez, seja esse clima pesado que torne a sua composição tão envolvente.
Em um passeio com sua esposa pelo Prater, Mozart começou a falar em morte e afirmou que estava a escrever o Requiem para sí próprio.

Essa obsesseção com idéias de morte veio desde o falecimento de seu pai, o compositor Leopold Mozart, e também pela enfermidade e fadiga que lhe atingira, além disso, estava totalmente envolvido com assuntos sobrenaturais, de vida e morte (e vida após a morte) desde seu envolvimento com a franco-maçonaria.
Sendo assim, terminou ele por acreditar que este homem que veio encomendar a missa de Requiem, era um mensageiro do destino e que o réquiem que iria compor seria para seu próprio funeral.

As premonições de Mozart se mostraram corretas, o renomado compositor morre antes mesmo de completar sua obra.
Mozart, ao morrer, conseguiu terminar apenas três seções com o coro e composição completa: Introitus, Kyrie e Dies Irae.
Do resto da sequência deixou os trechos instrumentais, o coro, vozes solistas e o cifrado do contrabaixo e orgão incompletos, deixando anotações para seu discípulo Franz Xaver Süssmayer.
Ele escreveu toda a obra, todas as orientações foram deixadas para seu discipulo, podemos dizer que mesmo depois de morto, Mozart dava continuidade a sua obra.
Para o Communio, simplesmente utilizou dos temas do Introitus e do Kyrie, à maneira de uma reexposição, para dar sentido integral à obra.

Imagens de partituras antigas da obra :

Introitus

Dies Irae

Lacrimosa

Ps: Para ampliar a imagem, basta clicar nela.

Algumas interpretações da obra:

Dies Irae


Tuba Mirum


Confutatis e Lacrimosa

Nenhum comentário: