Algumas Considerações

domingo, 29 de março de 2009

Kill' em All


Kill' em All

01. Hit the Lights
02. The Four Horsemen
03. Motorbreath
04. Jump in the Fire
05. (Anesthesia) Pulling Teeth
06. Whiplash
07. Phantom Lord
08. No Remorse
09. Seek & Destroy
10. Metal Militia

Resenha:
Parte das informações desta resenha se baseia no artigo "Metal Up Your Ass - Os primórdios do Metallica" de Bruno Sanchez (e pode ser conferido no site Whiplash)

Este é o disco de estreia do Metallica, lançado em 1983, e considerado até hoje como um dos melhores discos que definem o Thrash Metal.

Ele epresenta bem o espírito da "Bay Area", com músicas pesadas, calcadas no Punk e bem próxima do Speed Metal.
Alias, a maior parte das músicas desse disco tem uma orientação mais Speed do que Thrash propriamente dito, basta ouvir Hit the Lights, Metal Militia, Motorbreath, Whiplash, e Phanton Lord.

Todo o processo de gravações durou apenas três semanas e em condições precárias, num estúdio barato conhecido como Music America em Rochester, ao norte do estado do Nova York, por recomendação de ninguem menos que Joey deMayo, sim, o fundador do Manowar, e ex-roadie do Black Sabbath.
Um fato curioso sobre o lugar é que Lars jura até hoje que a velha casa utilizada, em especial o salão oval onde foram gravados todos os takes da bateria, era assombrada e exigia que alguém ficasse com ele o tempo inteiro pois, do nada, os pratos e o bumbo começavam a tocar sozinhos.

Poltergeists a parte, a dificuldade do processo de gravação caiu mais em cima de Mr. Hetfild que acabará de brigar com Mustaine, expulsando-o da banda por má conduta, e consequentemente teve que assumir as guitarras principais e o papel de vocalista, coisa que ele não queria fazer.
Mustaine saiu da banda antes mesmo da primeira gravação ser concluida.
Ele compôs algumas músicas da banda, como a entitulada The Four Horseman (minha preferida do disco) que tinha o titulo original de Mechanix, relançada no disco Killing is My Business and Business is Good do Megadeth, banda que fundará depois do incidente com James.

Originalmente Mechanix é mais acelerada.
A música foi lançada no Kill' em All um pouco mais cadênciada com harmonias diferentes e pequenas mudanças nos solos.
O vocalista/guitarrista James Hetfield preferiu reescrever tudo, substituindo o tema futurista por uma versão bíblica dos quatro cavaleiros do apocalipse e acrescentou um intervalo lento com inspiração no clássico Sweet Home Alabama do Lynyrd Skynyrd.

Obviamente, as músicas escolhidas para figurarem no disco foram basicamente as 10 primeiras compostas nos últimos dois anos, as mesmas que já faziam a alegria dos fãs nas demos e nos shows da Bay Area.

Nessa época, materias de discos posteriores ja estavam sendo compostos, entre elas, os riffs de Fight Fire With Fire, Call of Ktulu e a introdução de Ride the Lighting, todas compostas com a ajuda de Dave Mustaine.

A música Hit the Lights era escolha óbvia para abriar o disco, ja que foi a primeira composição oficila do Metallica.
A influência do Motorhead, tanto nas palhetadas dos riffs, como na velocidade dos solos são bem evidentes.
Particulamente, acho que este disco possui os melhores riffs do Metallica, todos muito bem executados, muito bem compostos e bem variados.

Versões posteriores deste disco ganharam 2 musicas bonus, Am I Evil ? do Diamond Head e Blitzkrieg da banda de mesmo nome.
Devo fazer uma menção honrosa ao cover do Diamond Head, Am I Evil ?, esta pra mim é a que tem o melhor solo do disco.
O solo que mais se diferencia dos outros que seguem uma mesma linha sempre.

Outra que pra mim merece uma menção especial é Pulling Teeth (Anesthesia), composta por Cliff Burton.
Vale lembrar que Cliff entrou depois no Metallica, ficando no lugar de Ron McGovney que saiu da banda antes mesmo de terminar o processo de gravação.
O interessante é que Cliff se trancou na sala de gravação e não permitiu que nenhum outro integrante tivesse acesso a versão final do solo (nascido de um improviso e gravado com pedal de overdrive par guitarras) até que ele mesmo aprovasse.
Os demais integrantes acompanhavam Cliff apenas pelo vidro do aquário da sala, sem escutar o que o baixista fazia ou conversava com o produtor.
Confesso que demorei para gostar dessa música. O resultado foi uma técnica e experimental música instrumental, bem próxima das improvisações do King Crimson.
A voz que fala "Bass Solo, Take One" no começo da música é de James Hetfield.

Se você se interessa por um disco com bons riffs, esse clássico é totalmente indispensável.
Demorei para gostar desse disco.
Hoje eu digo...
Vale a pena.

Um comentário:

Gibran Lahud disse...

MATEM TODOS SIDE
KILL EM ALL SIDE

gostei da resenha

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falows